Publicado em 1882, esse romance epistolar de Lúcio de Mendonça aborda o tema do adultério, assunto recorrente na literatura brasileira na segunda metade do século XIX.
Propõe uma visão singular. Ao invés do marido matar a mulher que o trai, a única saída seria ele se suicidar, pois o rastro da traição o perseguiria se continuasse vivo.
Nesse romance epistolar, em cartas, a honra do homem, tão importante na sociedade, é questionada e a sugestão é que não há saída a não ser a morte do marido para não ser desmoralizado por seus pares.
Publicado pela primeira vez como folhetim, narra a história de Luís Marcos, que cumpre sua função social se casando com uma mulher que não ama, estando apaixonado por outra, mas acaba chegando a uma situação limite quando descobre a esposa na cama com outro homem.
Lúcio de Mendonça (10/03/1854 – 23/11/1909), contista e poeta, foi também advogado, jornalista e magistrado. Foi o fundador da Academia Brasileira de Letras, escolhendo o poeta Fagundes Varela como patrono, e ocupando a cadeira nº 11. Seu primeiro livro de poemas, Névoas Matutinas, teve prefácio de Machado de Assis.