Considerado o primeiro romance publicado no Brasil, em 1843, com o subtítulo de "romance brasileiro original", narra a história trágica de Laura, que perde o marido num naufrágio e que é acolhida por Augusto, o filho do pescador da praia de Copacabana, que a salva do naufrágio, casando-se com ele, mesmo sem o amar.
Cheio de reviravoltas, traições e mortes, o livro tem um ritmo folhetinesco, com o leitor só descobrindo a verdade sobre Laura no fim do livro.
O Filho do Pescador é um livro considerado menor pela crítica, mas de importância história para a literatura brasileira. De família humilde, foi trabalhando na tipografia de Paula Brito que Teixeira e Sousa conheceu os grandes nomes da literatura da época, começando a escrever poesias e romances com o tema naturalista. Seguindo o modelo de folhetim francês, o livro é dividido em 20 capítulos e sua leitura é fácil e rápida, tendo o mérito de desenvolver uma temática nacional, exaltando as belezas e a natureza do Brasil como pano de fundo para a história dramática e com final surpreendente.
A. G. Teixeira e Sousa, nascido em Cabo Frio em 28 de março de 1812 e falecido em 1º de dezembro de 1861 no Rio de Janeiro, é considerado o autor do primeiro romance romântico brasileiro, O Filho do Pescador. Carpinteiro e mestiço, trabalhou na famosa tipografia de Paula Brito, onde iniciou-se poeta e romancista. Apesar de não ser considerado um grande autor, sua importância é histórica por ter sido o primeiro a se dedicar à arte do romance.