O livro conta a história de Anacleta Gonçalves, que trai o marido, gerando o filho de um outro homem. Desesperada e perseguida pelo furioso amante traído, ela recorre à proteção da feiticeira Escolástica Mendes. A profetisa diz que pode resolver a vida dela, mas haverá um custo para realizar o desejo da traidora. O preço a ser pago pode ser muito alto: o sacrifício de seu próprio filho.
Unindo temas como o misticismo, bruxaria, traição e dilemas, este livro é pouco conhecido na literatura brasileira, mas considerado uma obra importantíssima para a região onde foi publicada, tendo como subtítulo uma novela são-roquense. Se a obra do autor tivesse sido mais extensa, certamente este livro seria muito mais divulgado. Este é o tipo de resgate que a Brasiliaris se propõe ao publicar obras perdidas da literatura brasileira.
Antônio Joaquim da Rosa nasceu em São Roque, São Paulo, em 1821 e faleceu na mesma cidade em 27 de dezembro de 1886. O Barão de Piratininga foi o filho mais ilustre da cidade. Era respeitado e prestigiado nas Letras e na Política. Apesar de ter sua vida voltada para a política e as causas da cidade, também foi um grande colaborador literário. Escrevia artigos em alguns jornais onde também redigia poesias. Não teve grande produção literária, suas obras de costumes teriam sido mais exploradas se não estivesse em plena ebulição do movimento Romântico. Teria voado muito mais alto se não possuísse uma saúde tão frágil.
