Publicado em 1888, é o romance mais conhecido de Júlio Ribeiro, considerado a sua obra-prima. Conta a ardente paixão entre a jovem Lenita e o engenheiro de meia-idade Manuel, filho do coronel Barbosa. O livro provocou escândalo por abordar temas como amor livre, divórcio e um novo papel da mulher na sociedade, algo que era ignorado na literatura da época. É um livro sobre a sexualidade humana.
Esse é um daqueles romances considerados proibidos, que eram escondidos nas casas para que os jovens não lessem. Foi o primeiro livro a falar de amor livre, de liberdade sexual para a mulher, defendendo que as mulheres podem e tem desejos como os homens. Mostrando todos os pensamentos de luxúria e desejo da jovem Lenita, o livro é um clássico da literatura brasileira, sendo inclusive transformado em filme em 1975, classificado como um drama erótico.
Júlio César Ribeiro Vaughan nasceu em Sabará, Minas Gerais, em 1845 e faleceu em Santos, São Paulo, em 1890. Seu mais importante romance, A Carne, foi publicado dois anos antes dele morrer. Professor, jornalista e romancista, foi um escritor muito controverso, abordando temas que ninguém falava no século XIX. Abolicionista e republicano, defensor da liberdade e visceralmente anticlerical, converteu-se ao protestantismo no fim da vida.